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segunda-feira, 2 de abril de 2018

O coprocessamento como alavanca social

Publicado em 20/05/2017 em https://www.linkedin.com/pulse/o-coprocessamento-como-alavanca-social-carlos-yuri-le%C3%A3o-do-nascimento/
Muito se discute sobre a importância ambiental da atividade de coprocessamento, seja pela destinação ambientalmente adequada de resíduos sem a criação de passivos ambientais, ou pela redução dos impactos na atividade de produção do clínquer, e consequentemente do cimento.
Porém, uma das áreas do coprocessamento é o uso de combustíveis alternativos ao coque para produção do clínquer, por exemplo, o uso de biomassas. De acordo com o Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO) da Universidade de São Paulo (USP), quanto à finalidade energética, biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizado para produção de energia.
As biomassas são constituídas principalmente por moléculas de carbono e hidrogênio que são formadas através do processo de fotossíntese, além de outros elementos químicos, a fotossíntese transforma CO2 e H20 em combustível, ou seja, não estaríamos errados ao dizer que biomassa nada mais é que energia solar armazenada.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário (MDS) cerca de 36% da população brasileira é rural (2015), ou seja, considerando a população brasileira em 200 milhões de habitantes, logo, 72 milhões vivem em áreas rurais. Devido às biomassas serem de origem animal e vegetal, fazem parte da vida destes 72 milhões de brasileiros, com grande potencial de exploração e utilização. Abaixo cito algumas delas:
Coco babaçu
O coco babaçu possui poder calorífico médio de 5000 kcal/kg, comunidades rurais dos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins e Mato Grosso estão rodeadas de babaçuais, além do uso para extração do óleo de suas castanhas e produção de alimentos, este fruto pode ser utilizado também como fonte de energia.
Palha de carnaúba
A carnaúba está presente nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, famosa por sua cera que é bastante utilizada como matéria prima nas indústrias de eletrônicos e cosméticos, a palha que é picada durante o processo de extração da cera, recebe o nome de “bagana”, este material possui poder calorífico de 4200 kcal/kg.
Caroço de açaí
Febre nacional nos últimos anos, o consumo da polpa de açaí virou moda no Brasil, porém criou um grande problema social e ambiental, a destinação do seu caroço. Abundante na região amazônica, o caroço do fruto do açaizeiro possui cerca de 4500 kcal/kg de energia armazenada.
Casca de coco-da-baía
Bastante cultivado na região litorânea, especialmente para consumo da água de coco, rica em sais minerais. A casca do coco após perda da umidade, se apresenta com poder calorífico na casa dos 4000 kcal/kg.
Várias outras biomassas poderiam ser listadas acima, mas com certeza é possível perceber o potencial brasileiro para a adoção do uso deste tipo de fonte energética. Porém, apesar das ações neste sentido por parte da indústria, falta ainda uma política de maiores incentivos à maximização do uso de energias renováveis.
Para termos uma noção da importância do coprocessamento neste negócio, em 2016 a Votorantim Cimentos consumiu mais de 266 mil toneladas de biomassa em suas fábricas, representando 4,5%, em termos energéticos, de sua matriz.
Portanto, o Coprocessamento surge como um grande catalisador para o consumo de biomassa, fomentando o desenvolvimento e crescimento deste mercado, principalmente quanto à geração de emprego e renda, contribuindo para minimização da desigualdade social no Brasil, além de reduzir os impactos causados pelo uso de combustíveis fósseis.

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