Resumo do artigo publicado pela Revista CIPA Edição 355, pág 56, 58 e 59
No Brasil e no âmbito do MERCOSUL, para as atividades de transportes de cargas, são considerados perigosos aqueles produtos classificados pelas Nações Unidas e publicados no Modelo de Regulamento - Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos, conhecido como Orange Book.
Um Plano de Controle de Emergências deve ter como objetivo fornecer um conjunto de diretrizes e informações visando à adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados. De forma a solucionar possíveis situações de emergência, minimizando seus efeitos danosos aos funcionários, fornecedores, clientes, comunidade e ao meio ambiente, restituindo a normalidade no menor espaço de tempo possível. Para identificação dos possíveis cenários acidentais deverão ser considerados vários fatores, como:
- Características físico-químicas da substância;
- Acondicionamento da carga;
- Veículo utilizado;
- Área geográfica de abrangência do transporte;
- Características meteorológicas da região;
- Áreas vulneráveis, áreas sensíveis e pontos de interferência presentes no roteiro.
De posse das informações acima será necessário um levantamento dos possíveis cenários acidentais, através de técnicas de identificação de perigos e avaliação de riscos, para que possam ser elaborados os procedimentos de ações emergenciais. Tais como:
- Definição de áreas de impacto;
- Atendimento e triagem de vítimas;
- Prevenção e combate a incêndios;
- Contenção de derramamento e vazamento de substâncias;
- Evacuação e proteção de populações circunvizinhas.
Os recursos materiais e humanos necessários para a devida implantação do PCE deverão ser levantados e listados, de forma que a empresa disponha das condições mínimas para o atendimento inicial da emergência. Além dos procedimentos de ações emergenciais deverão ser definidos procedimentos básicos para:
- Acionamento do PCE;
- Alerta e comunicação;
- Deslocamento de recursos;
- Levantamento de dinheiro em espécie;
- Ações de rescaldo;
- Monitoramento ambiental;
- Encerramento da emergência.
As ações de resposta deverão ser registradas em relatório, permitindo que seja formado um banco de dados visando avaliar e revisar o plano, elaborar o relatório final de cada ocorrência, promover a melhoria contínua do sistema e treinar os envolvidos. O relatório de ação e resposta deverá conter pelo menos os seguintes dados:
- Identificação da ocorrência;
- Origem da ocorrência;
- Áreas afetadas;
- Possíveis causas;
- Providências;
- Avaliação dos procedimentos;
- Recomendações;
- Anexos;
- Responsáveis pelas ações de respostas.
Deverá haver uma manutenção das rotinas emergenciais incluindo a realização de simulados periódicos e treinamentos iniciais e de reciclagem para os profissionais que compõem a brigada de emergência.
Sabe-se do alto investimento necessário para a devida implantação de um Plano de Controle de Emergências, mas é de conhecimento de todos que o resultado dos sinistros ou emergências é a perda pelas empresas, de inúmeras horas de trabalho, quando não de vidas.
Autor do artigo: Carlos Yuri Leão do Nascimento
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